sexta-feira, 7 de maio de 2010

O último dos moicanos

O sócio majoritário entrou na sala em que eu estava e fechou a porta atrás de si, sério. "Você precisa parar com isso. Você não tem mais 18 anos. Você é um advogado, não um artista plástico, isso não fica nada bem. Está feio. Tô te dizendo isso como um conselho de amigo, as pessoas vão apontar, porque é ridículo. Pensa nisso. Eu só queria entender POR QUE você sai na rua assim. Por que, tem alguma razão, alguma explicação?"

Se alguém ouvisse nossa conversa do lado de fora da sala (o que não seria de se estranhar, dado que algumas pessoas ali vivem para cuidar da vida dos outros), certamente pensaria que eu estava andando por aí usando um nariz de palhaço, no mínimo. Que nada. O causador da celeuma era um inocente moicano que eu vinha cultivando desde o começo do ano - e adorava. Não era nada exagerado (até porque me falta a matéria-prima); estava mais para Tin-Tin do que para Supla. Mas era algo que fazia toda a diferença pra mim, era um arremate estiloso que eu achava o máximo. E todo mundo que me encontrava saudava com entusiasmo a "versão 2010".

Tentei defender meu penacho com toda a dignidade possível, expliquei ao chefe que aquilo não era para chocar ninguém, e sim uma mera questão de individualidade, que eu estava feliz daquela maneira. Mas não havia espaço. Minhas explicações eram sumariamente rejeitadas com um balançar de cabeça. Quando ele disse que tinha ouvido "comentários", e fez questão de proteger a fonte, logo percebi de onde tinha vindo a intriga, e concluí que insistir naquilo traria um desgaste muito maior do que o prazer de ostentar o moicano. Frustrado, capitulei e, no dia seguinte, meu penacho de transgressão havia sido suprimido. Afinal, para bom entendedor, "conselho de amigo" é apenas uma maneira sutil que o dono do pedaço encontra para impor sua vontade, que é soberana. E eu não estava disposto a colocar meu emprego a perder em nome da minha "individualidade".

O meio jurídico tem dessas. Se fosse só proibido usar piercing ou microssaia de piriguete da Uniban, não era nada. Os códigos internos dos escritórios de advocacia contêm regras de estilo e vestimenta às vezes surpreendentes: alguns incluem até chapinha obrigatória para as mulheres. Isso mesmo, cabelos crespos não são permitidos! É um rolo compressor que anula diferenças e nivela todos a um mesmo padrão, fazendo com que sumam na multidão. Individualidade, nem pensar: ser diferente é ameaçador, incomoda. Dizem que uma aparência "limpa" e "correta" conquista o respeito dos clientes e também dos juízes. A preocupação em se enquadrar é tamanha que tem advogada solteira andando por aí com aliança de mentirinha, porque a imagem de casada passa a ideia de uma pessoa estável, centrada, responsável. A que ponto se chega...

Não cuspo no prato em que venho comendo há doze anos, e de onde eu tiro não só o sustento, como também os jantares, as viagens, os pequenos luxos e prazeres. Sou muito grato aos meus chefes por tudo o que eles sempre fizeram por mim, e ainda acho que o escritório onde trabalho é um dos mais agradáveis da categoria, ainda que nem todos ali façam sua parte para isso. Mas são coisinhas aparentemente pequenas, como esse episódio do moicano, que não me deixam jamais esquecer que eu não posso me acomodar ali. Que eu mereço e preciso encontrar um trabalho que realmente tenha a ver comigo. Que aproveite as minhas habilidades e deixe aflorar o meu talento. Que valorize as minhas ideias e respeite o meu jeito de ser. Uma carreira em que, afinal de contas, eu possa ser exatamente quem eu sou. Mas não há de ser nada: eu sei que minha hora vai chegar.

31 comentários:

Camila disse...

Lembra da época da faculdade, em que eu fazia estágio no MP e o uso de saia era obrigatório pra estagiárias e advogadas?

Um ministro do STF, que foi meu professor, expulsou da sala um excelente aluno, só pq ele calcava sandálias (e fazia um calor horroroso que aqueles ventiladores de teto sem-vergonha nao abrandavam).

Sinto muitíssimo pelo moicano - fiquei curiosa pra ver, aliás - e espero que vc consiga, o quanto antes, encontrar um lugar em que vc se sinta à vontade e que te estimule a ser e fazer mais e melhor.

Lourival Lima Jr disse...

E foi-se o moicano.

Imagino que a questão da aparência para você que é advogado seja algo crucial. Não tiro a razão do sócio majoritário, mas a individualidade é algo impossível a certas profissões. Até lembrei-me de uma cena de "Damages", em que a sócia majoritária Patty (Glenn Close) fala para a nova advogada contratada (Emily Blunt) sumir com os apoiadores de livros que ela tinha ganho de presente de casamento pois eles eram horrorosos. Não há espaço para a individualidade para advogados, executivos e outros mais.

Apesar de tudo ser mais tranquilo para o pessoal de informática, raramento apareço de jeans e camiseta. A maioria das vezes estou de social, principalmente ao visitar cliente. Você precisa estar o mais "normal" possível e quando digo "normal" é o que é ditado pela sociedade.

Também sou exigente com meu local de trabalho. Aceito algumas regras e imponho as minhas. E penso como você, quando o trabalho não agrada mais ou tolhe algum prazer individual que eu tenha, já começo a avaliar outra coisa. Logicamente, tento evitar pular muito de galho em galho, mas não suporto empresas que pensam mais nos lucros do que no bem-estar do funcionário.

Agora, tadinho do moicano!!!! Snif. O que mais irrita são os comentários, mas paciência. Que tal deixar o cavanhaque agora? (rs)

Daniel Cassus disse...

É complicado. O meio jurídico tem dessas coisas. A não ser que você seja um figurão com livros publicados, nem pense em adotar um visual diferente do "compatível com o universo jurídico".

Mas na faculdade mesmo, eu não ia muito com a cara de gente que ia muito largada. Achava meio desrespeitoso. tinha gente dos últimos períodos já estagiando, indo de terno, e gente dos primeiros, recém-saídos do colégio, indo de bermuda, camiseta sem manga e chinelo, no melhor estilo bicho-grilo.

Excelente post. Imagem, título e assunto ficaram perfeitos. Você deve ter feito a mesma cara de surpresa do Tin Tin ao receber a notícia.

Rafael disse...

Post muito bom. Sou colega, e também sofro com essas regras do pessoal do direito. Hoje nem tanto, estou em empresa, por sinal de um ramo ainda bem informal, mas ainda exige-se do depto. jurídico uma sobriedade que eu entendo ser desnecesária.
Já tive meus dias de escritório, sei bem o que é, pelo que você comentou no post o seu ainda é um bom escritório, o que eu trabalhei as implicâncias não ficavam só na padronização do visual, mas era de bom tom que estagiáros que ganhavam 400 reais comprassem na loja X por ser "um material de melhor qualidade" (sic).
Pode ser clichê, mas o que me incomoda é que o pessoal valoriza muito a carcaça e acaba esquecendo da porra da função social da advocacia. Esse é o nosso mundo.

Danilo Idman disse...

Uma vez, numa empresa de TI que eu trabalhava, levei uma dessas por aderir a moda das camisetas Colcci com lantejoulas nas costas... poxa, era sexta-feira! Casual-day! rs

David® disse...

"engraçado"...lembrei de quando minha mãe disse algo parecido...sentou comigo no sofá da sala e disse que eu não podia ser assim...gay...entende?

as pessoas q têm algum tipo de poder sobre nós,seja economico ou afetivo, estão sempre tentando nos obrigar a seguir suas regras.

q venha a sua revolução.

boa sorte

bjo

Too-Tsie disse...

Moramos no país das aparências. A pessoa pode não ser correta, mas precisa parecer.

Eu lembro que eu deixei passar um dos meus primeiros empregos, depois de uma árdua seleção, pois o chefe encanou com minhas roupas logo no primeiro dia (não era camisa social e ele encanou que eu precisava de gravata). Iria trabalhar em um escritório enclausurado sem contato pessoal com o público, achei o fim, não tem salário bom que pague o conforto que eu sinto em ser eu mesmo.

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

Pois então ... isto não é um questão só do meio jurídico não ... todos os segmentos estão insfestados desta lógica ridícula ... mas não se atormente ... o tempo passa e nos livramos destas necessidades de submissão ... levei um tempo mas consegui ...

bjux e Viva os Moicanos!

;-)

Thiago Lasco disse...

Camila: A nossa USP sempre foi uma faculdade mais plural nesse sentido, né? Dava para ver que havia tribos diferentes ali, e todas elas conviviam, e pareciam encontrar um denominador comum com as exigências do Direito. Mas hoje eu vejo que os valores do mercado se deslocaram totalmente pro "jeito PUC de ser", if you know what I mean.

Lourival Lima Jr: Pior que eu conheço gente que deve se espelhar nessa Patty! Gente que tem uma necessidade enorme de se autoafirmar e acha que ser "bitch" com os colegas é o melhor caminho para conquistar seu espaço. Ah, e sobre o cavanhaque, eu sempre usei barba, né? E vou continuar, com certeza. Pelo menos isso não agride ninguém.

Daniel: Opa, pera lá! Ninguém está falando em ser largado aqui! Se havia um adjetivo que não se aplicava ao meu caso, era "largado"! Dá para compor um visual alinhadíssimo com um moicano benfeito e terno - aliás, vira e mexe eu vejo caras assim pelos fóruns da vida. Mas o dono do escritório já tem mais de 70 anos, é difícil esperar que ele tenha uma cabeça arejada a outros valores. Ele mesmo não deve fazer fórum há pelo menos 30 anos...

Ruy: Exatamente, esse é o problema. Gente que quer posar de bacana e honrada, mas torce o nariz porque a funcionária substituta é negra e não tem o mesmo "nível". A "função social da advocacia" é só poder andar de salto alto o dia todo.

Danilo Idman: Ah, mas aí vc tb mereceu, né? Camisetcheenha de lantejoula era uma coisa horrorosa mesmo quando estava na moda! Isso só serve para casual day se vc trabalha na revista Junior... rs

David: O nome diz tudo, "poder" econômico... toda forma de poder se impõe de cima para baixo, e o lado mais fraco tem que se conformar e dançar conforme a música, é a vida. Pelo menos enquanto não for capaz de bater asas e voar!

Too-Tsie: "Moramos no país das aparências: a pessoa pode não ser correta, mas precisa aparecer". E como...

TONY GOES disse...

Toda e qualquer profissão tem seus códigos de vestimentas. Experimente rodar bolsinha de burca, não vai dar certo.

Agora, uma coisa não ficou clara: a barba/suíças também se foram?

Prefiro você sem moicano e sem barba.

Prontofaleinãomequeiramalgostomuitodevocêsóquerooseubem.com.br

tommie disse...

São clichês e estereótipos da (falta de) credibilidade. É como uma gorda ser dona de spa, um dono de churrascaria vegetariano, um hippie com um ipad, um gay monogâmico, são situações abafadas pelo senso comum, que elabora o entendimento em torno de padrões, e qualquer um que escape a isso é obrigado a aprender a ser lido não pelas evidências mas pelas sutilezas.

Anônimo disse...

Passei por tudo isso!! Aguentei todas as imposições da carreira, enquanto trabalhava para os outros, depois de 20 anos, trabalho pra mim, sou dono do meu próprio negócio e me visto e me porto como quero...Hj olho pra trás e acho que tudo foi válido, fez parte do crescimento "driblar"os pré-conceitos estabelecidos, rir da hipocrisia da sociedade e me tornar um profissional respeitado e assediado hj, independente dos padrões impostos pela profissão. Não tenho dúvidas que vou te ver daqui uns anos, dono de um escritório respeitadíssimo, sendo muito procurado e podendo se vestir/portar como quiser, pois o profissionalismo supera qualquer codigo de vestimenta!! Sucesso e grande abraço Márcio G.

Paparazzo Campinas disse...

Se você concorda com esta situação, o que temos a dizer?
Eu jamais iria cortar meu cabelo do jeito que meu chefe gostaria que eu cortasse.
Mas cada é cada um.
Eu preferiria mudar de emprego do que me sujeitar a isso.

Caju disse...

Que situação escrota. Aim, desculpe-me, mas a maioria desse povo de Direito me cansa! Se meu cabelo fosse bom, eu faria um moicano....

Bjos

Anônimo disse...

SOU ADVOGADO NO RIO E ROLA A MAIOR PEGAÇAO NOS BANHEIROS DO FORUM, TODOS ENGRAVATADOS E SOCIALMENTE CORRETOS, MAS ALI DENTRO DOS RESERVADOS DO BANHEIRO A HISTORIA É OUTRA...

Discípulo disse...

Era lindo. Achei uma violência. Eu tacava um processo! No melhor estilo 'advogada russa que escrevia contos eróticos na internet sob um pseudônimo, foi descoberta e demitida'... ;-)

S.A.M disse...

Então meu, na area financeira não é tão diferente.
Eu cultivo um "vistoso" moicano. Mas consegui uma tática para mante-lo: desço aquela serra toda com o gel no começo do dia e no final, quando saio do escritório levanto aquele mastro todo e vou embora.

Passei a adotar essa medida depois de supostos comentários.

Sim, na maioria dos lugares as pessoas só querem cuidar da vida dos outros e eu ultimamente tenho reavaliado essa questão de carreira.

Abração!

Lobo disse...

É complicado.

Tem um pouco de fundamentação essa história do padrão visual para passar a imagem de sério mesmo, mas vejo isso como uma coisa muito chata pra quem vive nesse meio do "terno e gravata". Não conseguiria me enquadrar nesses moldes de jeito nenhum...

Eu ficaria no mínimo com um pé atrás se um médico de moicano viesse me atender por exemplo... falo mesmo XD.

Marcos disse...

Hahaha. Sou advogado também. E me diverti muito com o post e com os comentários.
Infelizmente acho que todo mundo que, por algum motivo, 'fuja dos padrões' tem que aprender a lidar com esse tipo de avaliação.
Na época em que eu tava na faculdade e não estagiava nem trabalhava, não tinha muito problema fazer o estilo 'bicho-grilo' ou qualquer outro, porque na faculdade onde estudei, como na sua, o ambiente era bem plural e todo mundo ia vestido e se comportava da forma que quisesse.
Infelizmente, porém, na maioria dos lugares e das cabeças das pessoas impera o senso comum, e a avaliação pela aparência se torna algo relevante. Estou seguro, infelizmente, de que isso acontece em todos os meios, não só no meio jurídico. Entre os arquitetos também acontece. Entre os gays estilo-barbie também. Entre os gays estilo-SerginhoBBB também. Etc.
Hoje em dia sinto que sofro um certo preconceito por ser meio forte. E já ouvi certos comentários de colegas de trabalho insinuando que, se o cara for do tipo que gosta de malhar e ficar musculoso, é porque é burro. A minha solução pra isso foi: agora em qualquer almoço ou jantar com os colegas, não uso mais camiseta, só uso camisa social larga, como as que uso no trabalho. E confesso que isso não tem sido nenhum sacrifício, até porque não sinto a menor necessidade de sair por aí mostrando o tamanho do meu braço.
Cabe a cada um de nós avaliar o quão importante é manter cabelo moicano, piercings,... quando o ambiente em que transitamos com mais frequência não seja tão receptivo a isso.

Tito Melo disse...

Lá vai um conselho: SEJA SERVIDOR PÚBLICO! Após o estágio probatório, vc vai trabalhar até com piercing na venta!!

CriCo disse...

eu uso meio-moicano há quase 2 anos, e a ouvi todo tipo de gracinha a respeito do meu corte... segui a filosofia da vaca, caguei e andei... mas enjoei, vou cortar mas só pq EU quero.

Anônimo disse...

Vamos trabalhar juntos! :D

Roberto disse...

Discordei de você no texto acima, mas devo dizer que gostei muito de sua postura nesse aqui.

O que não quer dizer nada, já que vc nem me conhece e muito menos dá a mínima para o que eu acho. rsrs

Mas já que seu blog é aberto resolvi ser solidário.

Na via real os sonhos na maior parte das vezes são só isso mesmo.

Faço votos que vc consiga seus objetivos.

Anônimo disse...

Oi, adorei o seu texto.
Também sou advogado e vivo as mesmas situações.
Hoje ja consegui me preparar pra decolar do "universo do direito".
Acabo de inaugurar o meu restaurante em sociedade com o chef Caio Henri e gostaria muito de te convidar pra saborear nossos pratos.
O restaurante se chama Las Favas Contadas e fica numa charmosa casinha na Vila Madalena, Rua Patizal, 72. Se interessar em passar por lá me escreva que te passo o cardápio e fotos do local.

Bjo,

José Henrique

Thiago Lasco disse...

José Henrique acima: obrigado pelo convite! Você disse para eu te escrever, mas escrever para onde? Você não me passou seu e-mail... Aliás, é muito comum eu receber perguntas e pedidos de leitores anônimos que não me deixam uma forma de responder e atender! Se quiser, deixe um contato via comentário, eu posso ler sem publicar. Boa sorte com o restaurante!

Red disse...

Na época da faculdade eu ainda tentava esconder meu cabelo, que odiava e ainda odeio, e usava boné o dia todo (começou a me dar caspa e agora não uso mais!). Um dia tinha que apresentar seminário de Direito Internacional com o prof. Japa Ancião Desgraçado que deverá permanecer anônimo. Depois da apresentação o primeiro comentário dele foi de como eu estava desrespeitando a aula dele vindo de "chapéu" e determinou que eu o retirasse.

SanFran de fato é bem relax em questão de vestimenta, foi o único professor que reclamou do boné em 5 anos. Mas nossa, fiquei roxo de constrangimento. Esse povo jurídico da idade da pedra lascada é foda. Era uma AULA, por jesus cristo, nao uma audiência. Fiquei roxo de vergonha, heh. Povo até hoje lembra disso.

Anônimo disse...

Oi,
Desculpa, realmente ficou faltando o contato. Sou leitor assíduo do seu blog e também de outros, mas nunca faço nenhum comentário daí minha inexperiência. Vou deixar o email do restaurante lasfavascontadas@hotmail.com e ficar aguardando a sua presença!
Bjo,
José Henrique

beto disse...

sim, é um saco ter que lidar com essas regras não-escritas.
mas não se engane, elas existem em todos os meios profissionais. cada meio tem os seus preconceitos, não tem escapatória.

meu primeiro emprego pós-faculdade, nos longínquos anos 80, foi numa consultoria: homens de terno e mulheres de saia. E eu tinha usado cabelo tingido na tonalidade à la Annie Lennox e brinco na orelha (na direita ainda...) na faculdade. O que eu ouvi de perguntas pela frente (e fofocas por trás...) por causa dos dois FUROS na orelha!

Mas eu sobrevivi. Usei terno no trabalho e guardava o brinco para a noite. Não morri por isso, pude pagar minhas contas e fazer no meu tempo livre tudo que tinha vontade de fazer com o $$$ proporcionado pelos empregos.

Acho que ser adulto é ter que encarar essa realidade e fazer escolhas avaliando as consequências delas. É realmente tão importante o moicano? Vc mesmo sabe que não, o moicano não vai te proporcionar as outras 999 coisas que vc deve querer na vida.

E, sim, o moicano ficava muito bem em você. Mas vc sempre pode ressuscitá-los nas suas férias!

André Machado disse...

Papo chaaaaaatoooooooo.....!

Olha só: vc estava aqui no Rio há 2semanas? No Felicce? Acho q vi um moicano....
Se sim, falta as rapidinhas cariocas 2. Muito melhor papo q esse papo brabo, matéria de Veja...
Urgh....

Flavio P. disse...

Thi, nessas horas que eu vejo as vantagns de ter o próprio escritório e vir de jeans e camiseta quando quero! ;)

endim mawess disse...

não vou atacar seu chefe porque não sei se daria uma causa pra um advogado defender se ele tivesse um moicano ou tatuagem no pescoço porque não esqueçamos que quem decide a coisa subjetivamente é o JUIZ.