Como taurino do primeiro dia que sou, já começo a pensar no que farei neste ano para comemorar meu aniversário, que se aproxima. E, como nos anos passados, tenho sempre a mesma dificuldade em bolar algo que me agrade. São Paulo parece não ter muitas opções boas de lugares para juntar os amigos e comemorar.
Depois que a The Week começou a funcionar, muitas pessoas passaram a resolver o problema simplesmente indo dançar e convocando todos os amigos a aparecer lá. Vai quem quer, e se quiser. Mas, se essa é uma solução prática e barata (cada um paga a sua própria despesa e ninguém complica a vida de ninguém), por outro lado acaba sendo uma comemoração bastante impessoal. Na muvuca de uma boate, todo mundo se dispersa rapidamente e o aniversariante acaba não curtindo ninguém direito. Não há clima nem espaço para isso.
No outro extremo, muitos optam por reservar uma mesa grande em algum restaurante friendly, e fazer uma comemoração mais, digamos, comportada. A pizzaria Piola era a campeã absoluta da categoria (os garçons ficavam até cansados de tanto ter que sorrir e cantar parabéns), até que o bar-restaurante L'Open abriu as portas e arrebanhou uma boa fatia do público gay. Um dos ambientes da casa, uma espécie de terraço com teto retrátil, virou ponto cativo de mesas de aniversário. E, sendo um lugar do babado, dá pra ficar de mão dada, dar beijinho e até sentar no colo. Bem ao gosto dos casais - sobretudo das sapas.
Mas a comemoração em restaurante, por mais fervido que ele seja, é cheia de limitações. Para começar, não dá pra fazer uma lista muito grande. É preciso ter uma idéia mais ou menos certa de quantas pessoas virão, para poder reservar uma mesa de acordo. Em casas como o Mestiço, é uma tarefa dramática conseguir uma mesa com mais de seis lugares. E, no final, todo mundo acaba conversando só com quem está ao lado na mesa - o que nem sempre dá muito certo, se o anfitrião não tiver o cuidado de distribuir os convidados dentro de uma certa ordem geopolítica.
A solução ideal, portanto, seria um lugar híbrido: nem tão quadradinho como um restaurante, nem tão bombado como uma boate. Um espaço que tivesse um lounge, onde os convidados pudessem sentar, beber, conversar e circular, mas que também oferecesse a chance de dançar ou, pelo menos, tocasse um som animado para embalar a noite. Mas a cidade é carente em lugares assim - a menos que você resolva se render ao circuito mainstream da Vila Olímpia e afins, onde os rapazes da mesa ao lado cantam alto o hino do Tricolor e as garotas balançam suas madeixas alisadas ao som de Lasgo.
São Paulo tem alguns lugares que já foram bacanas, mas hoje não dão mais conta do recado. O Bar 8 é um espaço versátil, com bar, pistinha e lounge, mas está caidaço há um bom tempo. O Tostex tem um lounge envidraçado com pufes e um mezanino no fundo que podem ser reservados - mas neles cabe tão pouca gente, que às vezes é melhor negócio fazer a festa em casa. Aliás, festa em casa parece ser a melhor opção - desde que você tenha um espaço legal na sua sala e uma boa graninha sobrando, para as muitas garrafas de prosecco que terá de servir. E quem disse que a vida era fácil ?
domingo, 8 de abril de 2007
Onde soprar velinhas em São Paulo ?
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2 comentários:
Adorei o blog! Me visite também: www.brunochagas.com.br
[]'s
Namorado faz dia 21 de abril tb. Estamos analisando as possibilidades, mas aqui no Rio não existem locais friendly. Sooo... o lance é jantar num lugar maneiro e ver a animação do povo pra esticar depois.
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