Na manhã de hoje, três dias depois de começar a vender os ingressos, a produção do Skol Beats finalmente soltou para a imprensa o line up completo da edição 2007 do festival. Para driblar a superlotação e a falta de conforto dos outros anos (que vinham rendendo cada vez mais críticas por parte do público), o evento vem com novidades: será dividido em duas noites - 4 e 5 de maio - e acontecerá num espaço menor do que o Anhembi, ao lado do Campo de Marte, em Santana. Em cada noite, haverá apenas duas tendas e mais um palco ao ar livre.
Espertamente, a produção procurou agrupar atrações do mesmo gênero no mesmo dia. Claro que, depois que as fronteiras entre os estilos foram para o espaço, não dá mais para esperar encontrar tendas de "house pura" ou "techno puro" - a mistura é inevitável, especialmente no Skol Live Stage, que sempre apostou numa programação bastante variada. Mas, nas tendas, ainda dá para perceber que a escalação dos DJs guarda um certo critério de afinidade.
A sexta será o melhor dia para aqueles que curtem house e suas vertentes. O palco mostrará, entre outras atrações, Léo Janeiro, Gui Boratto e o projeto Life Is A Loop, novo nome da velha parceria de Leozinho e Rodrigo Parcionik (que foram impecáveis na edição de 2005, abrindo para Sasha e John Digweed). Já sob o toldo da tenda DJ Mag, tocarão Ingrid, Gabo, o francês de electrohouse D Ramirez, Paulinho Boghosian, David Guetta (autor do hit de FM "The World Is Mine", que foi tema até de novela da Globo) e o tranceiro Sander Van Doorn. A segunda tenda, Terra Urban Beats, trará pela primeira vez artistas ligados à black music - o destaque é o produtor Afrika Bambaataa, que já tocou aqui.
A segmentação é mais clara no sábado: os amantes do techno se refestelam na tenda The End, com tops nacionais (Renato Cohen, Anderson Noise) e gringos (o fodão Laurent Garnier e a caruda Miss Kittin, que disse bye-bye ao electroclash), enquanto os cybermanos e fãs remanescentes do drum n'bass agitam a tenda DJ Marky & Friends, com as figurinhas carimbadas Patife, Andy e o próprio Marky - que toca primeiro sozinho e depois num inusitado back-to-back com Laurent Garnier, fechando a noite. O palco não poderia ser mais eclético: tem house (Shapeshifters), funk (Bonde do Rolê), techno (Murphy), progressive (Julio Torres) e new rave (novo gênero do momento no exterior, cruzando dance e rock, aqui representado pelo Simian Mobile Disco).
Frustrando aqueles que achavam que, dividindo o festival em dois, o preço dos ingressos também cairia pela metade, as entradas custarão, até o dia 3/5, R$ 120 por dia ou R$ 200 para os dois dias. Depois, sobem para R$ 140 por dia.
O line up de 2007 não chega a ser incrível. Apesar do nível de atrações como Afrika Bambaataa e Laurent Garnier, não há nenhum nome estelar, capaz de comover multidões. Se gêneros como o drum n'bass e o techno estão bem representados, ainda que sem grandes novidades para os paulistanos, o mesmo não se pode dizer da house e do trance, confinados a uma tenda pouco atraente e sem a menor coesão. E para quem, como eu, gosta de progressive house, o melhor negócio é trocar São Paulo por Buenos Aires: no mesmo sábado 5 de maio, acontecerá lá a quarta edição do festival Southfest, com os pesos-pesados Steve Lawler e Hernán Cattáneo.
sexta-feira, 30 de março de 2007
Skol Beats: divulgada a colcha de retalhos de 2007
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5 comentários:
Sem contar que lá você paga 70 pesos pela festa, ou seja, em torno de 55 reais para rebolar gata-garota ao som de Hernán e Steve.
Queria uma tenda The Week, com João, Morais, Pacheco e Cecin e Offer Nissim fechando. ahuahu
Bem, amo o Italo, mas não compartilho da mesma idéia... quero tudo no Skol Beats menos The Week e ainda Offer Nissim, mas tudo bem... Tenho adorado suas participações no meu blog. MUITO OBRIGADO PELA FORÇA. Sobre Sogo, te fsalo, já fui uma quinta dessas e tava tudo de bom o som.... bem progressive, que eh muito a minha onda... alias, temos que nos conhecer... minha onda eh bem mistureba saca: tribal progressive eletro house com direito a uns vocais masculinos e femininos aqui e acolá, breaks com acapellas fantasticas e batidas bem back to the basics... alias, o que valeu mesmo na The Week ontem foram os djs e Pacheco ACABOU com tudo fazendo um PUTA SET bemmm back to the basics... TIPO INACREDITAVELMENTE SENSACIONAL. Mas amanhecer na The Week e olhar aquilo lá, dá dó... só pra quem eh platinada e precisa puxar muitoo saco... lembrei do final da Level... triste. Claro que parada vem ai e eles vão fazer das tripas coração pra reerguer e talvez consigam mesmo... eu faço votos pelo sucesso da Mega Fun da bubu... e no mais: convido vc a ir comigo num quinta na Sogo... o povo ainda eh feio mas o som do TaTO(nao sei se eh assim que se escreve e diz) eh OTIMO!
My God,
Pelo que eu vejo a cena eletro-gay de Sampa tá um fracasso!!!
Bons tempos quando o Skol Beats foi no autodromo de Interlagos. Ficávamos cinza de tanta poeira, mas éramos felizes (-:
Suppress
FXXXX
Bons tempos de Derrick Carter...
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