quarta-feira, 3 de junho de 2009

Europa vive onda de novos museus

Os amigos que gostam de arte e cultura têm muitas novas razões para investir em um giro pela Europa. Mesmo com a dita crise econômica global, o ano de 2009 está sendo marcado por uma enxurrada de novos museus por todo o continente. O portal do jornal francês Libération publicou uma matéria mostrando as novidades mais legais, como o Brandhorst (Munique), com trabalhos de grandes artistas do século 20, o Magritte (Bruxelas), dedicado ao pintor surrealista belga René Magritte, e o Hergé (Nouvain-la-Neuve, França), que mostra a obra do cartunista criador do personagem Tintin. Na imagem acima, a modernosa Casa de Artes e Letras, em Atenas, financiada pela Fundação Onassis, a um custo de 50 milhões de euros. O desenho do prédio leva a assinatura do Architecture-Studio francês.

11 comentários:

poor guy fashion victim disse...

Mas o mais esperado é com toda a certeza a reabertura do Stedelijk em Amesterdão para o final do ano.
http://www.stedelijkindestad.nl/ e

no campo de design o museu da Triennale em Milão é caso único mundial, pela colecção e pelo conceito de apresentação. A colecção muda totalmente a cada 12 meses e a abordagem de museu enquanto repositório de objectos é completamente alterado. http://www.triennale.it/

Discípulo disse...

Faltou lembrar a futura inauguração do novo "Museu dos Coches", em Portugal, projetado pelo brasileiro Paulo Mendes da Rocha (Prêmio Pritzker em 2006 - o Nobel da arquitetura)

poor guy fashion victim disse...

UIII!!!!

Sem querer colocar em causa a qualidade do trabalho do pritzker, esse museu tem levantado muitas muitas questões, entre as quais acabar com o actual espaço que é o Museu dos Coches e que tem interesse pelas particularidades enquanto espaço museológico.

Aqui há um ponto de vista muito interessante acerca do asunto.

http://abarrigadeumarquitecto.blogspot.com/2009/03/discurso-directo.html

Mas provavelmente sim, será um novo grande museu a abrir em 2010 enquanto OBRA DE ESTADO!!!!

Fabiano (LicoSp) disse...

Nuss, só para ver a arquitetura do prédio já vale uma visita né.

Foda é termos de ir tão longe para conseguirmos um pouco mais de cultura.

bjs do Lico

poor guy fashion victim disse...

E claro falta o talvez mais importante de todos a reabertura do Neues Museum em Berlim, a cargo do genial e não Pritzker David Chipperfield e que culminará na fantástrica obra de ligar de forma sunbterrãnea os 5 museus da ilha dos museus que são no seu conjunto património da UNESCO. Quanto a mim, o projecto mais inteteressante e difícil de todos, pela sua sensiblidade extrema.

Thiago Lasco disse...

PGFV: a matéria destaca vários museus, inclusive o Neues e o Stedelijk. Se não me engano, são dezesseis ao todo, e eu optei por fazer um post curto, sem citar todos eles. Ah, rio muito quando leio "Amesterdão", isso soa muito feio para nós brasileiros...

Fabiano: Discordo, acho que não precisamos viajar para tão longe para conseguir "um pouco de cultura", nem mesmo sair do Brasil, mas entendo o que você quis dizer.

Cris: parabéns pela colaboração na revista Odissey! :D

TONY GOES disse...

Estive ano passado na Europa, mas não consegui visitar dois novos museus que estavam abrindo ou por abrir: o do Oriente, em Lisboa, e outro modernérrimo de arte africana e oriental em Paris, cujo nome não me lembro nem com a ajuda do Google. E ambos com projetos arquitetônicos bastante criticados.

Ah, mas quer saber? Troco todos pelo museu Tintin em Louvain. Salve Tintin, a maior obra de arte de todos os tempos!!

beto disse...

o museu que o Tony se referiu deve ser o Musée du Quai Branly, abriu em meados de 2006. O prédio realmente achei horroroso, quis ser muito "muderno".
Mas tem uma coleção estupenda de objetos de civilizações da África, Ásia, Oceania e Américas (inclusive de índios da Amazônia).
E a vista para a Torre Eiffel do café do museu é imperdível.
Programa essencial para quem gosta de museus!

Discípulo disse...

Mas só no Brasil a arquitetura não vira discussão pública. Aqui eles fazem aquele monstro da JHSF (complexo Cidade Jardim,)na marginal Pinheiros, e a alite fica apática observando. Os edifícios construídos na Europa são amplamente cristicados, ocupam espaço nos jornais, são alterados pela opinião pública e criam em torno de si uma discussão. Mas o sistema educacional é outro, a participação política é bem mais ampla e a elite se comporta de outra maneira. Sob este aspecto eu os invejo.

Discípulo disse...

poor guy fashion victim:

Acompanho com grande interesse os questionamentos da opinião pública portuguesa sobre o projeto do Museu dos Coches.

A questão da construção ou não do silo mecânico para automóveis, por exemplo, foi interessantíssima. Particularmente acho que os críticos não entenderam que este artefato evitaria o desastre que será transformar os espaços livres em estacionamento (a céu aberto!) para visitantes. Infelizmente parece que prevalecerá a resistência européia às obras de maior cota vertical.

Quanto às considerações do Daniel Carrapa em seu blog: trata-se de um texto muito emplumado, até para os padrões lusitanos, mas não consegue ser claro em sua crítica. Ele defende uma “avaliação tecnocrática da arquitetura”, mas versa superficialmente sobre as questões da técnica, dos materiais e das diversas mecânicas presentes na construção. Fala em inserção na cidade, mas não faz uma avaliação urbanística objetiva da obra. Quando acusa o projeto de Mendes da Rocha de "despojamento funcional", soa como alguém que não conhece a, apenas, aparente simplicidade com que Paulo trata seus edifícios. Talvez nunca tenha visitado a Pinacoteca do Estado de São Paulo (Brasil) para entender como um aparente “despojamento” resolveu questões programáticas cruciais, do ponto de vista da museologia, e fez renascer um espaço degradado e decadente. Este último projeto foi laureado pelo Prêmio Internacional Mies van der Rohe (que também é extremamente exigente em suas escolhas, tal como o Pritzker).

Mas que venham as críticas e o eventual redesenho. Esse é o sintoma de uma sociedade que trata de suas obras públicas com responsabilidade!

Um abraço
Cris.

poor guy fashion victim disse...

Olá Thiago, Porque soa mal Amesterdão? Eu costumo escrever quase sempre o nome das cidades na língua da própria cidade, porque gosto mais e porque gosto de misturar palavras e já o Eça me ensinou que isto de misturar termos estrangeiros pode ser bem engraçado. escrevo quase sempre Milano, amsterdam, Berlin etc. etc. apesar de por aqui em Portugal acharem isso da maior petulância e esnobismo. é assim de acordo com o novo acordo? ;)

Amesterdão tem algum signifivado subterrâneo em português do Brasil?

Uomini. Eu dei aquele UIII relativamente ao exemplo do museu dos coches, porque o maior grupo de notáveis daqui da arquitectura (incluindo o Pritzker àlvaro Siza Vieira)assinaram em bloque uma petição em defesa do museu e essa petição, baseava-se apenas nos méritos do trabalho do Mendes da Rocha e tentaram travar o debate público em volta do assunto. E não foi bonito e até houve uma voz que se levantou e que disse calem-se que é um Pritzker.

Para o Tony Goes. O museu do oriente tem um brojecto muito interessante do excelente arquitecto tuga, Carrilho da Graça. Ao acervo eu sou muito pouco sensível, mas a reconversão do edifício é notável.

Do Quai Branly (em Paris) não gostei (mas cada vez gosto menos dos projectos do Jean Nouvel. A parede vegetal (uma parede imensa cheia de plantas) é fantástica e já criou escola (já há imensos edifícios por aqui que usam a mesma técnica).

Hi e isto já vai muito muito longo , ESTOU MORTO PARA IR AO BRASIL (Rio e São Paulo), para ver Niemeyer, o MASP , Paulo Mendes da Rocha e São Paulo. Cada vez gosto menos de cidades arrumadinhas e bonitinhas (NÃO SUPORTO O WEDING CAKE DE PARIS)e quanto mais imagens vejo de São Paulo e da selva de arquitectura mais fascinado fico.

Força com a politização da Parada e com a politização da bixas daí ;)))

abraços