MARCELINO PAN Y VINO [foto] Instalado num antigo casarão de esquina, tem cara de restaurante durante o dia e de bar quando escurece. O cardápio, assinado pela chef do Lola Bistrot, oferece sanduíches diferentões, saladas e uma seleção bastante concisa de pratos quentes, complementada pelas sugestões do dia escritas numa lousa. Para abrir o apetite, há vários petiscos - as bruschettas de queijo de cabra com compota de tomate são perfeitas. Investi num tortelli de mussarela com tomate fresco e manjericão que estava tão bom que tive que pedir outro (!). Pena que não sobrou espaço para o pavê de brigadeiro. Além do ambiente da foto, há uma varanda com mesas (nos dias frios, os comensais recebem simpáticas mantinhas) e um quintal com duas mesas comunitárias. Se não dá pra dizer que seja despretensioso (porque tudo na Vila Madalena tenta passar essa impressão, que é milimetricamente calculada), o lugar é bem aconchegante, perfeito para um late lunch de sábado. O efeito colateral é que as pessoas terminam de comer e vão ficando, e com isso sobra para quem está na fila esperando mesa. Onde: Rua Girassol, 451, esquina com Wisard, Vila Madalena.
NOOD Esta é a primeira filial brasileira de uma rede de cozinha asiática rápida com casas em Portugal e na Espanha. Quando vi as bobagens escritas no site ("um lugar para estar"! e alguém abre um lugar para as pessoas não irem, ó pá?!), fiquei com um certo pé atrás, mas a curiosidade foi maior e fui conferir. O cardápio atira em várias direções: tem entradinhas (gyoza, espetinhos, camarões empanados), massas servidas como sopa (tipo lamen) ou feitas na wok, carnes (frango, salmão) servidas no prato com arroz japonês e, é claro, o inevitável sushi. Eu e meu amigo testamos três pratos. O que mais agradou, o teriyaki de salmão, era também o mais simples de todos, difícil de errar. O ramen de frango está muito aquém daqueles servidos nos bons noodle bars da Liberdade, como o Lamen Kazu. Quem busca excelência culinária corre o risco de se frustrar. Mas o menu bem eclético, o clima moderninho e os preços corretos devem agradar a paladares menos exigentes. Onde: Rua Pedroso Alvarenga, 890, Itaim.
LA GRASSA Clara e moderna, sem deixar de ser acolhedora, essa cantina tem feito bastante sucesso em uma rua tranquila de Moema. Os sócios também são donos do restaurante Praça São Lourenço. Se naquela casa a opulência do lugar, feito sob medida para encantar turistas, ofusca a qualidade bem mediana da cozinha, aqui a comida está à altura do ambiente. O forte são as massas frescas, como o tagliolini à carbonara, e recheadas, como o tortelli de ricota com tomate fresco, pancetta e rúcula e o ravióli de abóbora na manteiga de sálvia com avelãs douradas. Os preços são justos, uma bênção nestes tempos em que as casas perderam completamente a noção. No almoço durante a semana, pelo preço do prato separado, você também ganha o couvert e a sobremesa - com uma bebida sem álcool e mais os 10% de serviço, sua refeição completa sai por cerca de R$40. Onde: av. Juriti, 32, Moema.
SMU No embalo do fervo do Baixo Augusta, este lugarzinho fofo se apresenta como um smoothie bar. O carro-chefe, portanto, são aquelas bebidas geladas à base de frozen yogurt batido com frutas. São dezenas de combinações, que podem vir com ou sem álcool. Para acompanhá-las, há sanduíches em pão bagel ou ciabatta, além de uma competente cheesecake com várias opções de calda (vá por mim: peça a de doce de leite com lascas de amêndoa!). A casa, que fica aberta até 0h30, tem um certo clima pré-balada, a começar pelo logotipo meio Dancin' Days que muda de cor e enfeita a fachada. As paredes revestidas de ladrilhos negros contrastam com as mesinhas brancas, iluminadas por luzes dicróicas que também mudam de cor, criando um efeito que lembra uma pista de dança. As cartolas dos funcionários dão um toque irreverente. Os preços são bem ok: o combo promocional com um smoothie, um sanduíche e um pedaço de cheesecake sai por R$27,90. Uma opção simpática e original para um lanche rápido na região. Onde: rua Fernando de Albuquerque, 89, Consolação.
BRIGADERIA Depois das temakerias e lojas de frozen yogurt, achei maravilhosa essa onda das docerias especializadas em brigadeiros, que são uma das minhas razões de viver. Mas ainda não tinha visto uma casa que realmente fizesse minha cabeça. A Maria Brigadeiro é pretensiosa, o tamanho de cada docinho é insuficiente, a consistência mais firme não agrada ao meu gosto pessoal e os preços são caríssimos. Esta aqui é a perfeita antítese da outra: os brigadeiros são mais generosos, bem molinhos, desmancham na boca e custam R$3 a unidade. Se a ideia é fazer um agrado a alguém, há embalagens que não deixam nada a desejar para as da concorrente. Entre os sabores, três me conquistaram: Bailey's, suave e nada enjoativo, Vanilla Cookie e Limão (esses dois são feitos com brigadeiro branco). Onde: nos shoppings Market Place, Pátio Paulista e Higienópolis.
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Minhas descobertas gastronômicas de julho
Postado por Thiago Lasco às 12:53 PM
Marcadores: comida, restaurantes, são paulo
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4 comentários:
Menino, tem tanta coisa nova para tudo que é lado, que "novos" chefs como eu desanimam... Contei para voce que fechei minha loja?
Suas sugestoes sao otimas. Pouca coisa ai eu conhecia.
Beijos e boa semana!
Cam
Se não dá pra dizer que seja despretensioso (porque tudo na Vila Madalena tenta passar essa impressão, que é milimetricamente calculada). kkkkkkk...thi vc continua otimo...
Vim aqui hoje só pra buscar uma dica de restaurante legal. Fiquei muito feliz em dar de cara com este post e porque você não parou com os posts de gastronomia!
Beijos,
Anotando tudo aqui, adoro suas sugestões.
Espero que logo esteja bacana pra escrever aqui como só voce sabe sobre qualquer coisa!
Abração!
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